Participação Cívica e Política
Caros ouvintes,
Esta semana, a Juventude Social Democrata do Cartaxo inaugurou o seu espaço de opinião online e lançou-me um desafio: refletir sobre a participação cívica e política dos jovens.
Reflexão essa que considero pertinente de partilhar aqui convosco.
Afinal de contas, é um tema bastante atual e, a cada dia que passa, assume maior importância.
É o futuro da democracia portuguesa e do nosso país que está em causa!
Ao abordarmos este tema, recordo-me de uma brilhante citação do livro Civic Responsibility and Higher Education, de Thomas Ehrlich, que diz que a participação cívica significa trabalhar para fazer a diferença na vida coletiva das comunidades e utilizar uma combinação de conhecimentos, aptidões, valores e motivação para fazer essa diferença.
A participação cívica é efetivamente o trabalho que dedicamos a fazer a diferença na vida das nossas comunidades, a encontrar soluções e a desenvolver projetos que melhorem a sua qualidade de vida.
Esta participação não se cinge à atividade política. Existem inúmeras formas de o fazer, todas elas igualmente importantes.
Do associativismo ao voluntariado, diferentes meios de participação com a mesma causa, o bem comum.
A consagração do direito ao associativismo na Constituição da República Portuguesa é, por si só, reveladora da importância deste tema para o desenvolvimento do nosso país.
É fundamental que, 40 anos depois da nossa Constituição, a participação cívica continue a ser a demonstração da força da cidadania e a reforçar a democracia em Portugal.
Recentemente, no Fórum das Políticas Sociais organizado pelo Partido Social Democrata, o associativismo foi tema de debate não só pelo seu papel na comunidade, mas também no desenvolvimento dos jovens enquanto cidadãos e profissionais.
Também para o futuro do nosso concelho é essencial o fortalecimento das organizações e associações impulsionadoras da formação de cidadãos, assim melhor preparados para darem o seu contributo ao longo da vida.
Enquanto jovens, conhecemos melhor do que ninguém a realidade, sabemos dos problemas.
Não seremos pois, os mais bem preparados para encontrar as soluções e ajudar a construí-las?
Dir-me-ão que para participar é necessário estarmos preparados para abdicar de tempo que habitualmente dedicamos à família e ao lazer.
Ao que eu respondo com uma pergunta: não será bem mais prejudicial aquilo de que abicamos se nada fizermos, se optarmos por ficar em casa em vez de sairmos à rua para darmos o nosso contributo?
Mais do que um direito, participar é uma responsabilidade de todos nós.
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