Caros ouvintes,

Comemoramos no dia 1 de março o Dia de Tomar.

Uma celebração da nossa terra e do orgulho em ser tomarense.

Não escondo que partilho, desde sempre, esse sentimento.

Para mim, Tomar representa muito mais do que o meu lar.

É a terra que me viu nascer, crescer, viver e trabalhar.

É também onde ouso sonhar o meu futuro e o da nossa terra.

Um futuro no qual, coletivamente, aproveitamos os recursos endógenos únicos do nosso concelho – história, património, conhecimento e pessoas – e temos a capacidade de nos afirmarmos como concelho de referência na região e no País.

Mas afinal o que tem esta nossa terra, que move paixões, que nos faz sempre regressar, que nos faz trabalhar por mais e melhor para o nosso concelho?

Mas afinal, o que é Tomar?

Tomar é história.

Séculos de história, que tiveram início em 1160, com Dom Gualdim Pais e o início da construção do Castelo e do Convento de Cristo, Património da Humanidade, que hoje recebe anualmente 300 mil visitantes.

Uma história indissociável da Ordem dos Templários, que confere ainda hoje a Tomar o título de cidade templária.

História dos Descobrimentos e do mundo que se começou a escrever aqui, com o Infante Dom Henrique.

Tomar é património.

Património material e imaterial.

Património natural, histórico, cultural, arquitetónico, arqueológico e religioso.

Património que vai muito além do Convento de Cristo. Temos também a Sinagoga, Igrejas, Capelas, Museus e o Aqueduto dos Pegões.

Património que conta também com a albufeira do Castelo de Bode, rio Nabão, Agroal, Mata dos Sete Montes e muito mais à nossa disposição.

Temos, portanto, um concelho com uma riqueza inestimável e incomparável. Único.

Tomar é conhecimento.

Desde o século XV, com a chegada dos refugiados judeus, que transformaram a nossa comunidade, tornando-a mais rica e diversa.

Ao século XVIII, em que Tomar se assumiu com uma das referências industriais a nível nacional, em diferentes setores, como o papel, a madeira, a metalurgia e a fiação, entre tantos outros.

Aos dias de hoje, com o Instituto Politécnico de Tomar, um marco do ensino superior na nossa região e um dos principais motores do seu desenvolvimento, âncora de novos investimentos como o que vimos em 2013 da SoftInsa – IBM.

Tomar é as pessoas.

É as suas gentes que no dia-a-dia fazem de Tomar um concelho onde vale a pena viver, estudar, trabalhar e visitar.

Uma terra que se constrói com o contributo de todos, com a partilha de todos, na diversidade e no pluralismo.

Onde unimos as memórias dos tomarenses do passado às gerações vindouras, porque Tomar é também esperança e responsabilidade para com o futuro.

Tomar é diferente.

É diferente de todas as outras cidades e concelhos. É única.

Temos a nossa identidade, forte e autêntica.

O nosso sentimento de pertença e ao mesmo tempo de vontade de acolher quem nos visita, de transmitir o carinho que temos pela nossa terra.

Em que a Festa dos Tabuleiros é o expoente máximo do nosso orgulho tomarense.

Tomar não pode fechar-se em si mesma. Honrar a nossa história, mas com a coragem e irreverência de quem procura desenvolver e inovar.

Um concelho ambicioso, que não tem medo de agarrar a modernidade sem esquecer a tradição.

Só teremos futuro se abraçarmos tudo aquilo que Tomar é, tudo aquilo que somos e nos distingue, e o utilizarmos como alavanca do progresso.

0 replies

Leave a Reply

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *